O chuchu é a prova viva de que você não deve julgar uma comida pela sua aparência. Esse vegetal em formato de pera com textura macia pode ser combinado com praticamente qualquer coisa.
De sabor suave, que absorve os mais variados temperos, ele adiciona textura às sopas, sobremesas e pratos apimentados. Apesar de geralmente não ser a estrela do show, ele merece tempo nos holofotes pelo seu papel coadjuvante – além de um espaço na sua cozinha.
- O que é o chuchu?
“Esse é um vegetal originário da América Central”, explica Erin Palinsky-Wade, autora do livro Belly Fat Diet for Dummies (Dieta da gordura abdominal para idiotas, em tradução literal). Era, há muito tempo, cultivado pelos astecas. Não importa onde cresça, ele sempre mantém o sabor suave. Ainda não satisfeita? As suas folhas e flores também são comestíveis, apesar de ainda não populares.
- Chuchu é nutritivo?
Sim. O chuchu é uma ótima fonte de fibras, além de estar carregado de folato, colina e magnésio (que traz benefícios para a pele, o coração e os ossos), diz Erin. Ele também conta com poucas calorias (cerca de 25 por xícara) e carboidratos (menos de 6 gramas). Então, inclua-o no seu prato com alguma proteína e gorduras saudáveis para uma refeição completa.
- Informações do chuchu:
Calorias: 25
Proteína: 1.08 g
Gordura: 0.17 g
Carboidratos: 5.95 g
Fibras: 2.2 g
Açúcar: 2.19g
Cálcio: 22 g
Magnésio: 16 g
Vitamina C: 10.2 g
Folato: 123 g
- Como devo cozinhar o chuchu?
Uma estrela silenciosa, você pode comer o chuchu cru ou cozido. Erin sugere adicioná-lo às saladas e molhos para uma pitada de crocância. E, se for cozinhá-lo, coloque-o em sopas, sirva refogado com cebola e alho, assado ou dentro de uma torta. Ele combina especialmente com pimentão, alimentos cítricos e alho.
Se está cara a cara com um chuchu jovem, pode ir em frente e comer a casca. Mas, se ele é mais antigo, tire totalmente a casca. Só tome cuidado ao descascar, já que o chuchu libera um líquido que pode irritar peles mais sensíveis. Use luvas ou descasque-o embaixo da água para proteger suas mãos.
E se não for usar todo o chuchu? Armazene o restante no compartimento para vegetais da sua geladeira, onde é possível mantê-lo por cerca de duas ou três semanas.
- Chuchu: como consumir
O chuchu é um alimento com um sabor muito suave, o que faz com que seja difícil fazê-lo sobressair no meio de outros alimentos. De qualquer das formas, esta característica não deve ser encarada como uma desvantagem, uma vez que devido ao sabor pouco acentuado é possível incluir o chuchu em vários pratos sem alterar de forma significativa o sabor do resultado final, ao mesmo tempo que se enriquece nutricionalmente os mesmos.
Quando escolher os chuchus deve rejeitar os que estiverem moles, e deve também estar atento à integridade da casca. Se a casca estiver danificada, ou amassada, não o compre. Deve também ter em atenção se a casca não está enrugada, pois isso significa que o chuchu não é fresco e que já sofreu algum tipo de desidratação. Se possível, deve optar por chuchus com a casca lisa, uma vez que os que possuem picos na casca são bem mais difíceis de manusear e descascar. Deve armazená-los no frigorífico, preferencialmente dentro de um saco de plástico. Dessa forma consegue conservá-lo durante 2-3 semanas, mas o ideal é consumi-lo o mais fresco possível. Se quiser conservar o chuchu já cortado, a melhor forma será no congelador, ainda que também possa ser conservado no frigorífico durante, no máximo, 3-4 dias.
O chuchu deve ser muito bem lavado, pois muitas vezes está em contacto com o solo, ou com superfícies com sujidade. Além disso, como a casca apresenta rugosidades/irregularidades, a sujidade tende a acumular-se nesses locais. Quanto à casca propriamente dita, há quem a remova, e há quem consuma o chuchu com casca (obviamente que não estou a falar dos chuchus que têm picos na casca…). Se estiver bem lavado, a presença da casca acaba por ser uma mais-valia nutricional. De uma maneira geral, quanto maior e maduro estiver o chuchu, mais rija se torna a casca, e por isso, nesses casos o melhor é mesmo descascá-lo. Além disso, se for muito grande ou se estiver muito maduro, o chuchu tende a ficar com a polpa mais fibrosa. O interior do chuchu liberta um líquido viscoso que adere à pele e forma uma camada que mesmo durante a lavagem é difícil de remover. Além disso, tem potencial para causar irritação da pele em pessoas com a pele mais sensível. Devido a isso, muita gente opta por utilizar luvas quando descasca e corta os chuchus, ou então faz esse processo debaixo de água.
Procure escolher chuchus rijos e com a casca íntegra, sendo que os mesmos podem ser conservado no frigorífico ou então cortados e congelados. Na altura de consumir, pode descascar os chuchus ou então manter a casca, que deve ser muito bem lavada.
Os chuchus podem ser consumidos de várias formas. A maneira mais simples é comê-lo cru (por exemplo, em saladas). Se o fizer vai conseguir dar uma textura deliciosamente crocante à mesma. Pode também optar por cozer, grelhar ou saltear, e utilizar como acompanhamento de um prato de carne ou peixe, por exemplo. Há ainda quem o utilize em estufados, para espessar o molho, em vez de utilizar farinha ou amido de milho. Outra forma de consumir chuchu é na sopa. De facto, a utilização de chuchu permite diminuir significativamente as calorias da sopa, pois vai substituir (pelo menos parcialmente) a batata, ou seja também confere cremosidade mas com muito menos potencial calórico. Uma forma que eu gosto particularmente é no puré. Na realidade, sempre que eu faço puré de batata, aproveito para substituir parte da batata por outros alimentos, como cenoura, curgete ou chuchu. Desta forma o puré fica nutricionalmente mais interessante, ao mesmo tempo que se torna menos calórico. Se optar por esta estratégia deve ter em atenção que se substituir demasiada batata o puré pode não ficar com a consistência que pretende. Também em pratos vegetarianos o chuchu pode ser uma clara mais-valia, principalmente devido à sua textura e suculência.
Se quiser ser um pouco mais ousado na cozinha, então pode experimentar utilizar o chuchu para preparar batidos ou smoothies. O seu elevado teor em água e a sua textura tornam-no uma boa opção para esse tipo de preparações. Pode ainda utilizar o chuchu para preparar algumas sobremesas, como bolos, ou tartes, por exemplo. Ou então, porque não fazer uma compota com chuchu e frutos secos?
Normalmente quando se fala em chuchu, pensa-se apenas no fruto, mas os caules e as folhas da planta também são comestíveis. Neste caso, a forma mais comum de os consumir é em estufados, ou em sopa.
O chuchu pode ser consumido de muitas formas diferentes. Seja na sopa, como acompanhamento ou como ingrediente de sobremesas, é uma opção interessante para enriquecer nutricionalmente a sua refeição.
- SUCO DELCIOSO DE CHUCHU
INGREDIENTES:
4 chuchus bem higienizado e sem as cascas
1/2 xícara de suco de limão
2 litros de agua
açúcar a gosto, ou não
PREPARO:
Bata o chuchu com o suco de limão e com bastante gelo.
Adoçar a gosto, ou não
- Como se proteger da contaminação por agrotóxicos em alimentos
A OMS ( Organização Mundial de Saúde) recomenda o consumo de pelo menos 400 gramas de frutas e vegetais para que a nutrição seja balanceada, evitando o risco de doenças crônicas relacionadas à carência nutritiva. Então, não há como retirar os alimentos listados acima de sua dieta, mas há como diminuir o risco de contaminação por agrotóxicos ao consumi-los. É importante ressaltar que uma vez que o alimento está contaminado por agrotóxicos, é difícil conseguir tirar dele todas as substâncias tóxicas, mas é possível diminuir sua quantidade. Isso por que o agrotóxico consegue penetrar o interior dos alimentos.
Para quem quer evitar 100% o risco de contaminação por agrotóxicos em alimentos, é recomendável o consumo de produtos orgânicos, com os devidos rótulos ou a produção própria desses alimentos. Mas, quem infelizmente, seja por falta de recurso, já que os alimentos orgânicos ainda são um pouco mais caros, ou por falta de tempo, uma vez que uma horta caseira demanda dedicação, não pode evitar os alimentos que apresentam o uso de agrotóxicos em sua produção, segue uma lista com dicas para diminuir o risco de contaminação:
Escolha alimentos da época. Se é safra do alimento, geralmente, menos agrotóxico é utilizado na sua produção.
Lave bem os alimentos primeiro com água, sabão e esponja, depois com uma solução de uma colher de sopa de hipoclorito de sódio (água sanitária) diluída em um litro de água. Ao final o alimento deve ser lavado novamente para que seja retirado qualquer resíduo do sabão e do hipoclorito de sódio. Esse processo ainda não teve comprovação científica que retira resíduos de agrotóxicos: alguns especialistas acreditam que sim e outros não, mas é comprovada a eliminação de micro-organismos. Além disso, nos mercados existem produtos específicos para a limpeza e descontaminação de alimentos.
Retire as folhas externas das verduras e consuma as frutas sem cascas, quando possível. Essas partes concentram mais agrotóxicos.
Escolha alimentos que venham com rótulos de identificação do produtor e do agrônomo responsável, além de certificados dados por órgãos responsáveis, assim fica mais fácil saber o que você está consumindo.
Varie muito o tipo de alimento que consome. Diversificar reduz a ingestão do mesmo tipo de agrotóxico.
Compre alimentos mais verdes e menos maduros, porque o fato de estarem menos maturados pode significar que foram utilizados menos agrotóxicos.
Atenção ao comprar alimentos maiores do que de costume, pois em geral quanto maior o alimento mais agrotóxico foi utilizado em sua produção.
Mantenha-se informada, leia notícias e pesquisas sobre alimentação, se informar é ter consciência de como se alimentar melhor.
Infelizmente a produção de alimento no Brasil ainda deixa muito a desejar em relação à qualidade e à saúde das frutas, verduras e legumes, havendo a necessidade de melhoria na formação dos produtores rurais e o comprometimento de todos os envolvidos na produção e distribuição de alimentos.
Mas enquanto a situação não muda, é possível usar esses truques para garantir uma alimentação mais saudável. Pense nisso na próxima visita ao mercado. E se possível, cultive sua própria horta em casa, além de terapêutico, é menos arriscado para sua saúde.
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