domingo, 30 de agosto de 2020

Mídia e relação direta com o mito da caverna de Platão


O mito da caverna relaciona a questão da realidade e da ilusão no caso as sombras que passam a ideia e a realidade mascarada em seu sentido real. E a TV principalmente as emissoras famosas, as ''potências'', fazem muito isso, enchendo as pessoas de imagens ''entupindo-as'' com noticias ''jogadas'' e impedindo, até mesmo, a reflexão individual.

Platão quis dizer que a realidade está dividida em duas partes: A primeira é o nosso mundo irreal; cheio de idéias imperfeitas (forma, cor, leis). Todas as cópias da matriz, aquele mundo que domina todos de forma arrogante, usando os nossos sentidos (visão) para nos enganar, nós estamos presos em um mundo sensível (porque nunca vemos, ouvimos, cheiramos e andamos), mas não sabemos disso.

Já o outro é onde tem o sol que projeta a luz para o outro mundo, onde tem a matriz das idéias perfeitas, a realidade, os objetos são 3D(profundidade, altura e largura).

Os primeiros se parecem conosco, se analisarmos bem, veremos que o nosso conhecimento é sombrio, sem plena certeza de nada, não sabemos quem somos de onde viemos se estamos sozinhos no universo, onde o universo acaba muitos acreditam naquilo que vê, sem contestar nada.

Já se fossemos soltos negaríamos isso e resistiríamos em acreditar no que sabemos desde pequenos, já se nós fossemos obrigados a olhar para trás, nós teríamos dois tipos de reações: as cadeias (violência física, material), e a ilusão (cadeia invisível que aprisiona a mente). Nós provavelmente não aguentaríamos o choque e gostaríamos de voltar para a caverna (mesmo sabendo que aquilo não é real), e ignoraríamos o que vimos, achando que era só um sonho. Preferindo continuar a sua vida, olhando só as sombras, sem sentir cheiros e ouvirmos nada, seguindo o cotidiano da vida.

Mas se nós estivermos com a mente aberta para novos conhecimentos, talvez acreditássemos naquilo em que víamos, com um choque é claro. Seria tão bom como desagradável, bem porque veríamos coisas novas (reais), sentiríamos novas sensações, conhecer o infinito, e desagradável porque veríamos que tudo o que nós vivemos (não no sentido próprio da palavra) até agora não era nada, era irreal, e veríamos que não sabem de nada (como um bebê), teríamos que aprender tudo de forma certa (andar, ver, cheirar, ouvir, se movimentar,...) desde o começo, aprendendo que algumas leis que nós conhecíamos não eram reais e outras que não conhecíamos. Nós ao invés de Ter a opinião teríamos o conceito, prazer por realização, corpos belos por beleza, espontaneidade, teríamos a educação.

Enfim, veríamos o mundo da Matriz (superior), tiraríamos todas as nossas dúvidas.

A Mídia tenta fazer com que nós fiquemos presos, no mundo irreal, querem que nós acreditemos em tudo o que eles falam, tirando nós do mundo REAL.

- O Mito da Caverna foi escrito por Platão, um dos mais importantes pensadores da história da Filosofia.

Através do método dialético, esse mito revela a relação estabelecida pelos conceitos de escuridão e ignorância, luz e conhecimento.

Foi escrito em forma de diálogo e pode ser lido no livro VII da obra A República.

Nele Platão descreve que alguns homens, desde a infância, se encontram aprisionados em uma caverna. Nesse lugar, não conseguem se mover em virtude das correntes que os mantém imobilizados.

Virados de costas para a entrada da caverna, veem apenas o seu fundo. Atrás deles há uma parede pequena, onde uma fogueira permanece acesa.

Por ali passam homens transportando coisas, mas como a parede oculta o corpo dos homens, apenas as coisas que transportam são projetadas em sombras e vistas pelos prisioneiros.

Certo dia, um desses homens que estava acorrentado consegue escapar e é surpreendido com uma nova realidade. No entanto, a luz da fogueira, bem como a do exterior da caverna, agridem os seus olhos, já que ele nunca tinha visto a luz.

Esse homem tem a opção de voltar para a caverna e manter-se como havia se acostumado ou, por outro lado, pode se esforçar por se habituar à nova realidade.

Se esse homem quiser permanecer fora pode, ainda, voltar para libertar os companheiros dizendo o que havia descoberto no exterior da caverna.

Provavelmente, eles não acreditariam no seu testemunho, já que a verdade era o que conseguiam perceber da sua vivência na caverna.

- Interpretação do Mito da Caverna

Com o Mito da Caverna, Platão revela a importância da educação e da aquisição do conhecimento, sendo esse o instrumento que permite aos homens estar a par da verdade e estabelecer o pensamento crítico.

O senso comum, que dispensa estudo e investigação, é representado pelas impressões aparentes vistas pelos homens através das sombras. O conhecimento científico, por sua vez, baseado em comprovações, é representado pela luz.

Assim, tal como o prisioneiro liberto, as pessoas também podem ser confrontadas com novas experiências que ofereçam mais discernimento. O fato de passar a entender coisas pode, no entanto, ser chocante e esse fato inibidor para que continuem a buscar conhecimento.

Isso porque a sociedade tem a tendência de nos moldar para aquilo que ela quer de nós, que é aceitar somente o que nos oferece através da informação transmitida em meios de comunicação e não só.

Desde a Antiguidade, Platão quer mostrar a importância da investigação para que sejam encontrados meios de combate ao sistema, o qual limita ações de mudança.

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