sábado, 8 de dezembro de 2018

Deuses, curandeiros, pastores ou não, milagres falsos e curas são criados por nós

Há certos fenômenos no mundo que parecem ser dirigidos por uma força estranha e superior. 

Um número imenso de pessoas  curaram suas doenças, sobrepujaram o fracasso, tornaram-se vitoriosos e prósperos, alcançaram o milagre de um ótimo casamento ou conseguiram a realização total de suas mentalizações grandiosas.

Se alguém foi iludido a pensar que isto poderia ter sido por causa de um pastor ou curandeiro canastrão, religioso ou não, baseado em uma improvável, fantasiosa e ilusória intervenção de um poder invisível, supostamente superior ou lá das alturas do infinito cósmico, pois bem, saiba, este ser existe, e ELE é o ser que habita a sua própria natureza criada pela evolução bilenar do seu próprio cérebro e mente, este ser e Deus é simplesmente VOCÊ. 

Ninguém, imagem, pastor, falsas divindades ou santos, nada tem ou jamais terá o dom e poder de curar a não ser a força interior de sua própria essência e cérebro, que baseado no estímulo exercido pelos seus próprios pensamentos positivos ou negativos, excitados por terceiros ou por você mesmo, criará em seu corpo a cura ou a doença, a prosperidade ou a miséria. Não é NÓS, é VOCÊ que está no comando da sua saúde ou doença, prosperidade, ou pobreza.

Mesmo que você projete sua crença e fé em coisas externas, sejam elas inventadas por quem for, com bons propósitos, ou não, como a maioria o faz, basta ligar a televisão e contar o imenso número de ilusionistas, ditos e proclamados crentes ou religiosos para ver imperando o falso dom de cura e milagres inexistentes, com um único objetivo de arrecadar doações em nome de uma suposta entidade poderosa e ilusória, mas, todos sabemos que elas vão direto para o seu bolsinho pastoral.

Há dezenas de anos atrás, quando eu ainda conseguia ser criança, tive uma doença incurável pelos médicos, ainda mais mais porque eles jamais curam, simplesmente remediam, daí o nome de remédio aquele comprimidinho que, por vezes, ingerimos quando necessário.

Bem, eu carregava comigo um presente dado pelo meu pai, um pé de coelho, que naquela época era dito por muitos que dava sorte a quem o portasse, tal qual os amuletos e pinduraques religiosos, santinhos ou não.

Eu era portador de um vermelhidão na pele que constantemente queimava e coçava, levaram-me a todos os lugares banhos e pomadas possíveis, de nada adiantava e eu sofria muito, pelo menos enquanto eu não me divertia fazendo minhas traquinagens infantis.

Pois bem, um dia eu me apeguei com meu pé de coelho, pus muita fé nele e pedia noite e dia que ele me desse a sorte de ficar curado, já que todos diziam que pé de coelho dava sorte, eu não conhecia o poder nefasto do excesso de dinheiro, naquela época.

Á noite eu chorava, pedia e pedia, parava de chorar e dormia pelo cansaço de um longo dia de peraltices. Quando eu tomava banho de chuveiro eu pensava que aquela água me curaria, pois eu tinha a sorte de ter um pé de coelho. Eu lembro-me muito bem de ter feito disto um ritual, pois não aguentava mais sofrer aquele incômodo na pele.

Algumas semanas passaram-se e eu comecei a ficar mais confiante e alegre e notei que minha pele começava a clarear e queimava muito pouco. De há muito não me remediavam mais, as pomadas eram incômodas e caras, fora as consultas, sempre particulares. Eu continuava com meus pedidos ao meu pé de coelho para que ele me desse sorte de ficar bom daquele incômodo, de uma vez por todas.

Quando minha pele começou a mostrar sinais de clareamento eu comecei a ficar bem eufórico e animado comigo mesmo, nem participava aos meus pais, pois crianças não participavam de diálogos, a não ser pra levar broncas por peraltices, e isso eu sabia fazer com muita frequência, porém eu sabia jogar muito bem bolas de gude coloridas e fazer pipas, algumas com papel de pão.

A partir daí eu não andava nem brincava mais sem estar esfregando o meu pezinho de coelho, que já começava a ficar encardidinho, ao invés de branco.

Eu pedia sorte para ficar logo bom, durante o dia e à noite, antes de dormir. Cada dia eu notava que a pele ia ficando mais clara e não esquentava, não coçava mais,  nem ardia como antes, e eu tinha certeza que o pezinho estava me ajudando e cada vez mais eu ficava alegre e melhorava. Já podia subir alegre no meu  pé de jaca preferido e gritar feito Tarzan dos gibis, estes possuíam um colorido e desenhos impecáveis, bem melhores que os de hoje.

Daí a um mês eu não tinha mais nenhuma mancha, tudo clareou, parou de arder e minha pele ficou macia e gostosa de tocar. Talvez por causa disso, tempos mais tarde, eu entraria em definitivo, com muito gosto, para a turma da bandinha.

Meus pais começaram a notar e toma-lhe milagres, graças a isto e aquilo, uma algazarra alegrosa tomava conta deles, o padre não aguentava mais a puxação de saco na sua igreja. 

Tempos bons aqueles. Onde andará meu bom pezinho de coelho que tanta sorte continua a me dar na minha vida. Hoje eu posso substituí-lo pelo o que eu quizer e surte o mesmo efeito. 

Aprendí, com o auto-estudo e conhecimentos adquiridos, como projetar minha mente para conseguir o que eu preciso, e continuo angariando bons resultados.

Entre muitos erros e aprendizagens eu acho que ainda estou no lucro, pois continuo instruindo-me cada vez mais e estou muito feliz comigo mesmo. 

Entre uma melodia aqui e outra ali, por vez ou outra, sempre relembro meus dias de infância.

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