quarta-feira, 17 de abril de 2019

Ansiedade e status: por que estamos sós?

Recentemente estive num museu de história natural e fiquei maravilhada com a evolução da sociedade ocidental. Neste início do século XXI,  não somos mais assombrados pelas intempéries; não estamos à mercê do imponderável das doenças; temos meios de transporte eficientes, contamos com várias máquinas que facilitam a nossa vida. 

Diante de tantas conquistas como não comemorar? No campo pessoal, não poderia ser melhor. Há cerca de 200 anos, os  existencialistas decretaram a nossa independência. Somos livres, senhores do nosso destino. E já interiorizamos esses conceitos: acreditamos que cada pessoa é responsável pelo que é e pelo que lhe acontece. 

Sartre constatou que não apenas somos livres, mas que estamos condenados à liberdade. “Quando tomo uma decisão, percebo — com angústia — que nada me impede de voltar atrás”, diz ele. E os outros? Sim. São infernais, diz Sarte. Mas não importa. “Não somos aquilo que fizeram de nós, mas o que fazemos com o que fizeram de nós”. MARGOT CARDOSO

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