quarta-feira, 22 de março de 2017

Vida, ah, isso não passa de um jogo de cartas

  • Existem pessoas que só falam de flores mas por onde passam conseguem somente deixar espinhos. 
Mas nem só de flores vive o espinho, nem tudo nessa vida são FLORES... Muitos são os espinhos que nos espetam... Mas é graças a eles que crescemos, amadurecemos e aprendemos a jogar o jogo da vida.

A vida não passa de um jogo de cartas. Ao nascer, para jogá-la, recebemos as cartas representadas pelo lugar onde nascemos, nosso DNA, nossa etnia, nossos pais e parentes, miseráveis, pobres, melhorados ou ricos, mera coincidência dos jogos anteriores de nossos pais. A partir de então, baseados nestas cartas recebidas é que colocaremos em prática a nossa vidinha, para muitos, ou vidão para poucos afortunados, políticos ou não. O casamento é a segunda aquisição de cartas, desta vez feita por nós mesmo, que determinará, junto com as primeiras cartas recebidas, a grande parte do sucesso ou derrota no jogo da nossa vida.

Vida real é aquela na qual seguimos o jogo sem pegar atalho, pois o atalho não permite enxergar o quão belo é o caminho das flores. Cada lugar por onde passarmos, ali estará o nosso destino, nem antes, nem depois, somente naquela estrada, que também tem espinhos, mas que possui uma vista encantadora e que jamais poderia ser vista de outro lugar que não este, onde você está agora. Na verdade, não existem atalhos na vida, é preciso percorrer todo o caminho para chegar até o destino final, com a certeza de que tanto os espinhos como as flores tem o seu papel nesta nossa linda caminhada.

Cada flor tem o seu espinho... Mas, nem tudo são FLORES.

Tão bom é receber o aconchego de quem amamos, o cuidado, o carinho, a troca de afetos e todas as suas somas, a famosa reciprocidade nata, oriunda de quem faz jus ao seu real significado.

Bom seria criar o ponto de partida e permanecer assim para o resto da vida. Mas, nem tudo são FLORES. Os ESPINHOS?  Existem sim, e tem formas das mais diferenciadas que possam imaginar. Se para cada FLOR existe um cheiro, uma forma e uma cor, para cada FLOR existe o seu ESPINHO.

A gente tenta não matar o amor que existe dentro de nós e escolhemos disfarçar o espinho que está sendo cravado em nosso coração, procuramos mil e uma maneiras para “justificar” esse sentimento até que a vida e os acontecimentos mostram a realidade, ali, estampada bem na nossa frente e mesmo assim negamos. É a omissão sentimental instalada, cravada na pele como uma tatuagem.

A busca por utilidade nas relações contemporâneas vira o elo de sustentação de relacionamentos fracassados, escassos, rasos de autonomia, dispersos, como um veneno que vai matando a cada dose dada. A utilidade deve ser aqui compreendida como o “faz tudo que te peço”. O perigo disso é a total ANULAÇÃO como SER por conta de um sentimento doente e imaturo.

Há pessoas que se instalam em nossas vidas como verdadeiros parasitas, sugando o nosso melhor, confundindo AMOR com UTILIDADE. É o ESPINHO disfarçado, inebriado de AMOR, só vamos perceber a sua DOR quando “Ele” estiver bem PROFUNDO, e quando nos atentarmos a retirá-lo, além do sangue, restará apenas as CICATRIZES.

Não se preocupem… CICATRIZES nos fazem lembrar do tempo que perdemos ao lado de pessoas assim; da forma como NUNCA mais vamos SER mais para outro alguém; do tipo de RELACIONAMENTO que EVITAREMOS daqui por diante e o principal de TUDO… que devemos ser AMADOS e nunca ÚTEIS.

Finalizando…

Ninguém tem a certeza do futuro mas se é para ter ESPINHOS ao menos saiba ESCOLHER sua FLOR! (Fabiana Cavalcante  - O segredo)
  • A Fábula do porco espinho
Conta-se que, durante uma era glacial, muito remota, quando parte do globo terrestre esteve coberto por densas camadas de gelo, muitos animais não resistiram ao frio intenso e, indefesos, morreram por não se adaptarem às condições do clima hostil.

Foi então que uma grande manada de porcos-espinhos, numa tentativa de se proteger e sobreviver, começou a se unir, e juntar-se mais e mais.

Assim, cada um podia sentir o calor do corpo do outro.

E todos juntos, bem unidos, agasalhavam-se mutuamente, aqueciam-se enfrentando por mais tempo aquele inverno tenebroso.

Porém, vida ingrata, os espinhos de cada um começaram a ferir os companheiros mais próximos, justamente aqueles que lhes forneciam mais calor, aquele calor vital, questão de vida ou morte e, feridos e magoados afastaram-se, hostilizados, por não suportarem mais tempo os espinhos dos seus companheiros.

Aqueles espinhos que aqueciam também feriam e doíam muito... . . . .

Mas descobriram depois que essa não era a melhor solução: afastados, separados, logo começaram a morrer congelados, os que não morreram voltaram a se aproximar, pouco a pouco, com jeito, com precauções, compreensão, de tal forma que, unidos, cada qual conservava certa distância do outro, mínima, mas o suficiente para conviver, resistindo à longa era glacial.

E sobreviveram...

Moral da História: O melhor relacionamento não é aquele que une pessoas perfeitas, mas aquele onde cada um aprende a conviver com os defeitos do outro e consegue admirar suas qualidades...

Muitas vezes o orgulho e a ingratidão nos incham de tal modo o rosto e nos endurecem o coração (http://www.radiorainhadapaz.com.br)
  • Jogos de Cartas na mesa (Jogos que eu joguei)


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